ANO VI

ANO VI

segunda-feira, 28 de abril de 2008

O torcedor melancia

Só mesmo acontecimentos como esse para fazer com que os gremistas como eu esqueçam o buraco em que nossos dirigentes nos colocaram.
Torcer para outros times agora virou rotina. Eu pago meus pecados e, após anos criticando colorados pelo fato de torcerem mais por terceiros do que para o próprio time, me vejo fazendo exatamente o mesmo.
Torna-se mais um vez inevitável torcer para o Juventude. E, mais inevitável ainda, elogiar o técnico Zetti. Com um time limitadíssimo, conseguiu superar o favorito Grêmio, a sensação do campeonato Internacional de Santa Maria e agora tem boa vantagem no jogo de volta contra o Inter.
Embora ainda considere o Inter favorito, principalmente pela enorme diferença técnica entre as equipes, o título do time caxiense não seria uma total surpresa, tendo em vista os últimos resultados obtidos contra o próprio Inter e, mais recentemente, contra o Grêmio.
Não gosto de torcedor "melancia", mas é o que a situação impõe. Como diz o velho ditado: "Os fins justificam os meios".

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Crise de saudosismo...

Impressionante como as opiniões mudam. Só o tempo é capaz de nos mostrar o quanto estávamos certos ou errados sobre determinado assunto.
Só agora vejo o quanto aquele do Grêmio que disputou a Copa Libertadores de 2007 era um ótimo time. Não tecnicamente. Era uma equipe aplicada taticamente e com uma vontade enorme de vencer. Embora não trouxesse nenhum troféu significativo, aquele time foi vencedor porque superou suas limitações e devolveu ao torcedor o orgulho de ser gremista, o orgulho de ir ao Olímpico, o orgulho de fazer um buzinaço depois de cada vitória. Devolveu o orgulho de vestir o azul.
Nunca fora vista no Olímpico tamanha sintonia e cumplicidade entre time e torcida. Cumplicidade esta que levava milhares à Azenha mesmo com resultados desfavoráveis e tidos pela imprensa como irreversíveis.
O Grêmio, após anos, tinha um goleiro. A zaga contava com Teco em grande fase. Lúcio, que veio sob enorme desconfiança, inclusive minha, deslanchou. Como primeiro homem, Gavilán. Grande Gavilán. Jogou demais a Libertadores. Foi um dos poucos erros de avaliação de Mano Menezes. Foi até certo ponto injustiçado e, assim como Sandro Goiano, não saiu do clube como deveria. Lucas jogou o início e a final da Libertadores. Era talvez o melhor do time quando se lesionou.
Mais à frente Diego Souza, a melhor surpresa do ano. Muita força, vontade e técnica, com certeza um grande jogador. Junto com Diego, Tcheco. Tcheco dispensa comentários. Era o símbolo daquele Grêmio. Superava todas as limitações técnicas e físicas com extrema vontade e entrega. Foi decisivo na fase final da competição, marcando gols em três partidas seguidas no Olímpico. E tínhamos também o Carlos Eduardo, que foi a revelação do Grêmio no ano.
Hoje, apenas Teco continua no Grêmio, daqueles onze que entraram em campo contra o Boca Juniors para disputar a final da Copa Libertadores da América. Pouco mais de oito meses após essa final e só um atleta resta. Mesmo após uma ótima campanha, o Grêmio deixou seu plantel se desmanchar, apesar de contar com um grupo barato, com excessão de Lucas e Cadu.
Ocorreu um erro de avaliação terrível na qual se estão colhendo os frutos agora. O Grêmio achou que era hora de renovação, mas não deveria realizar uma "operação desmanche".
O que encontramos agora é um time desclassificado na Copa do Brasil e assistindo à finais do Gauchão. Além disso, um treinador muito questionável e um grupo de jogadores insuficiente.
Continuamos a mercê da sorte, torcendo que acontecimentos extremos ocorram e mudem esse parâmetro.
A torcida e o Grêmio mereciam mais respeito!

terça-feira, 15 de abril de 2008

Uma utopia chamada Roth

O que todos temíamos se confirmou. Celso Roth realmente iniciará o Campeonato Brasileiro dirigindo o Grêmio. Não deixa de ser uma resposta à torcida do Sr. Paulo Odone que, chateado com o pedido de demissão do seu protegido Paulo Pelaipe, mostrou quem realmente manda no clube.
Simplesmente deu às costas a quem mais lhe apoiou na difícil missão de reeguer o Grêmio: os próprios gremistas. Se mostrou alheio a todos os apelos e manifestações para mostrar sua face autoritária. Atitudes que prejudicam tão somente o Grêmio.
Paulo "Arena" Odone repete o ex-presidente Obino. Toma decisões incoerentes no futebol e se apega a acontecimentos extra-campo para exaltar sua gestão. Quem não lembra das declacarações de Obino: "Nosso time está com dificuldades, mas temos o melhor ônibus, o melhor site e o melhor museu do Brasil". Pois Odone faz parecido hoje e mantém parte do seu prestígio devido ao acesso à primeira divisão e pelo Projeto Arena.
Na realidade, Odone não gostaria de estar onde está. Conta os dias para deixar o cargo e presidir a Grêmio Empreendimentos, onde tal função será remunerada. E bem!
O Grêmio, através de seu presidente Paulo Odone e seu diretor de futebol André Krieger (e outros vários conselheiros jurássicos) pensa pequeno quando mantém Celso Roth. Apostar em Roth é colocar a própria cabeça na guilhotina. É de uma irresponsabilidade sem precedentes. É remeter nosso time de volta ao período Obino. É correr o risco de jogar esses dois últimos anos de evolução por água abaixo.
Confesso que espero, do fundo do coração, estar equivocado. Quero que Roth dê um padrão à nossa equipe, escale o time coerentemente, vença o São Paulo já na estréia e lidere o time rumo ao Tricampeonato do Brasileirão.
E não quero, juro que não quero, daqui a pouco procurar nesse blog e em outros, na comunidade do Grêmio do Orkut ou em um texto de um colunista qualquer, os milhares de indícios de que, mais uma vez, a torcida estava certa.

sábado, 12 de abril de 2008

Odone: Atitudes lembram Pelaipe

O cálvario gremista parece estar apenas começando. A direção gremista, comandada por seu presidente, Paulo Odone, é omissa e irresponsável ao não tomar a atitude que o momento exige.
Mostra a mesma indecisão que demonstrou em todos os eventos do ano, principalmente nas contratações, tanto de jogadores, como de treinadores.
Não satisfeito com a administração atrapalhada em que se transformou seu pleito, passa a abusar da inteligência e da paciência da torcida com colocações infelizes e descabidas.
No dia da eliminação na Copa do Brasil, falou que gostou do time porque este jogou com muita raça. Ora presidente, se me desse um salário de R$ 20 mil (o que é abaixo da média dos padrões do Grêmio) e eu tivesse a oportunidade de defender meu time do coração, eu simplesmente comeria a grama. Carrinhos, correria e força não iriam faltar. Mas não conseguiria dar um bom passe, um bom chute. Vontade só não resolve.
Agora afirma que Felipão e Mano Menezes também foram vaiados e cobrados. A princípio, não existe comparação entre Roth e Felipão. Felipão, no primeiro semestre no tricolor, venceu a Copa do Brasil, enquanto Roth caiu diante do super-time do Atlético Goianense. Além disso, Felipão teve um início de trajetória muito bom, desde os tempos de Criciúma. Já Roth, tem 20 anos de carreira e nenhum título de âmbito nacional. Mano Menezes foi contratado para disputar uma segunda divisão, pois já tinha experiência nessa competição. A cobrança também era diferente, pois a torcida entendia a situação. Como obteve êxito, deu sequencia ao trabalho, onde teve razoável sucesso. Situação completamente diferente da de Roth, inclusive na questão salarial.
Com essas e outras declarações, Odone prepara o terreno para anunciar a manutenção de Celso Roth no comando gremista. Paralelamente, além de condenar o segundo semestre do clube, o presidente perde o apoio de sua maior aliada: a torcida.
A questão já não é mais de convicção, mas de clima, que não existe mais entre o treinador e a torcida. E em tempo: Pelaipe só saiu porque pediu o boné. Do contrário, continuaria à frente do futebol do Grêmio.
A minha conclusão é de que essa direção continua virando as costas para sua torcida, ignorando-a e considerando-a inapta para realizar uma avaliação. Odone a descreveu como passional, mas a trata como "burra".
E para pensar: como um clube que se diz quase falido paga a bagatela de R$ 140 mil ( fonte: http://www.vidartereporter.com.br/) para um treinador de terceira linha como Celso Roth, que nunca ganhou nada e nunca parou em time nenhum?

quinta-feira, 10 de abril de 2008

A hierarquia da incompetência

A desclassificação do Grêmio no Gauchão e na Copa do Brasil não aconteceram por acaso.
Existiram e existem diversos personagens, cada um com uma determinada importância dentro do contexto infeliz do Grêmio neste semestre.
A seguir, enumero os principais responsáveis, de acordo com a responsabilidade pelo fracasso:

Paulo Pelaipe
O principal responsável. Brigado com vários cartolas do futebol brasileiro, não realizou as contratações que prometera, além disso, perdeu Diego Souza por inexperiência e despreparo ao conduzir as negociações com o Benfica. Pagou a rescisão do treinador Vágner Mancini para, 45 dias depois, demití-lo. Bancou a contratação de Celso Roth, antigo desafeto da torcida. Além disso, trouxe diversos jogadores de qualidade técnica, no mínimo, duvidosa. Claramente, não demostra convicção, decisão, equilíbrio e competência necessárias para administrar o futebol no Grêmio.

Celso Roth
Com 20 anos de carreira e quatro títulos sem expressão no currículo (fonte: http://www.sambafoot.com.br/treinadores/120_Celso_Roth.html), Roth nunca seria a solução para a equipe. Após um ótimo aproveitamento na primeira fase do Gauchão, chegou a entusiasmar os mais otimistas. Mas em três jogos mostrou sua verdadeira face. A atuação pífia em Goiás na derrota de 2 a 1 frente ao Atlético, foi suficiente para jogar as convicções do treinador no lixo. Escalou um time absurdo com o Juventude, que lhe renderam 3 gols em 60 minutos. Sem clima com a torcida e sem capacidade de motivar sua equipe, sucumbiu novamente, agora na Copa do Brasil.
Em dois meses no clube, não possui esquema tático definido, não tem jogadas, muito menos se sabe quem são os 11 titulares.

Paulo Odone
Inquestionável até esta temporada, o presidente Paulo Odone erra ao bancar Paulo Pelaipe e seus defendidos. Com isto, começa a ganhar a antipatia da torcida.
Em suas entrevistas, deixa claro que o Grêmio é um clube praticamente falido. O presidente parace esquecer que contratou a peso de ouro dois técnicos em apenas 4 meses. Mancini já ganha mensalmente R$ 195 mil do Grêmio pela rescisão unilateral de seu contrato, que era de um ano. Roth, se demitido, deverá receber valores semelhantes.
Então quem é mais responsável pela situação do Grêmio do que os próprios dirigentes, liderados por Paulo Odone?
Erros de avaliação, tanto com técnicos como com jogadores, só afetam a entidade Grêmio. E nosso presidente parece querer passar esse peso para a torcida.

Torcida
A política de "apoiar sempre", conduzida principalmente pela torcida Geral do Grêmio, fez mal a alguns cartolas. Caso de Paulo Pelaipe.
Pelaipe se mostrou alheio à contratações e não demostrou esforço algum para fazê-las. Isso porque sabia que era respaldado pela torcida. Esse respaldo gerou acomodação por parte do dirigente.

Nunes
Este é o que menos tem culpa. Ganha seus R$ 30 mil para jogar e é o que tenta fazer quando é escalado. A responsabilidade é, primeiramente, de quem o escala. Secundariamente, é de quem o manteve no plantel até agora.


Agora se compreende mais facilmente porque o nosso Grêmio fracassou. É muita gente trabalhando de forma errada!!!

Tragédia anunciada, parte 2

Triste, porém esperado. É assim que resumo a desclassificação precoce na Copa do Brasil. Ao não realizar uma troca de comando rápida, a direção gremista mostrou-se omissa. A questão anímica foi também crucial para o fracasso. Não havia condição psicológica para praticamente nada. Uma troca mudaria os ânimos, a tempo talvez de salvar pelo menos a Copa do Brasil. Não aconteceu.
Apesar do grupo de jogadores relativamente limitado, é inadmissível perder dois jogos seguidos em casa, para o Juventude e para o Atlético Goianense, respectivamente.
Com certeza, ao contratar Celso Roth, o Grêmio e sua torcida, no fundo, sabiam que não seria diferente disso.

domingo, 6 de abril de 2008

Tragédia anunciada

Estava decidido a não postar nada neste domingo, pois correria o risco de, com a cabeça quente, escrever alguma bobagem.
Mas não consegui.
A atuação de hoje foi lamentável, ridícula, vergonhosa. O placar de 3 a 2 dá a idéia de jogo equilibrado, o que é uma inverdade. Desde o ano do descenso o Grêmio não jogava tão mal. A partida expôs toda limitação de nosso treinador que, não satisfeito em escalar Nunes como titular, introduziu Maylson na equipe e por fim inverteu a posição do Paulo Sérgio. Ora, Paulo Sérgio nem na sua ala trabalha com eficiência, imagine na oposta!
Mas o pior não foi isso. O triste é ver o Grêmio sem nada. Nada. Você não consegue ver um recurso tático da equipe. Uma variação, uma jogada. Nada.
Na realidade, estávamos fantasiados com a campanha mentirosa que nosso time fazia no campeonato. Se fizermos uma análise simples, veremos que o Grêmio teve dificuldades com as equipes com um mínimo de organização. São os casos do Caxias, do Atlético Goianense e do Juventude.
O Grêmio tornou-se dependente única e exclusivamente de Roger. Hoje Roger foi muito marcado, inclusive de maneira faltosa. Os jogadores do Ju, inteligentemente, se revezavam na marcação. Mendes foi um atacante que o Grêmio não teve. Michel Alves foi um goleiro que o Grêmio não teve. O volante Lauro, embora limitado, na comparação com Nunes, é Maradona.
E, principalmente, Zetti foi um treinador que o Grêmio não só não teve como não tem. Fica provado que a troca de treinador às vezes dá resultado rápido.
No fundo, todos nós, gremistas, sabíamos que Celso Roth era um dos PIORES nomes possíveis para dirigir o Grêmio. Quando assumiu, sabíamos que a probabilidade de ganhar algo com esse cidadão no comando era remota - vide suas passagens pelo Santos, Palmeiras, Flamengo, Botafogo, Vasco - mas mesmo assim, tomados pela esperança e pelo amor ao nosso Grêmio, acreditamos que era possível.
O Grêmio deve mudar já e não esperar ser eliminado da Copa do Brasil para fazê-lo! Quarta feira há outra decisão e, se apresentarmos o mesmo futebol, seremos goleados. Como estará o estado emocional dos jogadores? De uma semana para outra a casa caiu. De invictos na temporada, passamos a eliminados no Gauchão e quase na Copa do Brasil. Nem este blogueiro, crítico de Celso Roth, esperava tamanho fiasco.
É hora de mudança. Afinal, Wagner Mancini saiu por muito menos...

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Alerta

Nos posts anteriores, comentei que o grupo do Grêmio era insuficiente tecnicamente para chegar ao título da Copa do Brasil. Também demonstrei preocupação à algumas declarações do diretor de futebol Paulo Pelaipe, que dera fim prematuro às contratações no primeiro semestre.
Pois agora chego à outra conclusão preocupante: além de possuir um grupo limitado, o Grêmio ainda é mal escalado. Celso Roth dá um passo rumo ao retrocesso ao escalar três volantes, principalmente quando um deles trata-se de Nunes. Nunes quase nunca fora utilizado na era Mano Menezes e estava esquecido na fase Vágner Mancini. Mas com Roth, tornou-se titular.
É incompreensível ver Nunes atuando com jogadores bem mais técnicos, como Julio dos Santos, ou bem mais promissores, como Júnior, no banco.
Ao jogar com três volantes contra o todo poderoso Atlético Goianense, Roth recupera sua fama de retranqueiro.
E pior: conseguiu estragar o que já era horrível. Com a saída de Nunes, lesionado, optou pela entrada de Thiego. Ou seja: nosso treinador prefere improvisar um zagueiro como volante do que utilizar um jogador com características um pouco mais ofensivas. Resultado: o Grêmio ficou sem meio campo, dependendo somente de Roger para criar algo.
Não quero criar terra arrasada, até porque o Grêmio passará por esse super-time chamado Atlético. Mas quando enfrentar um time de ponta? Como será? Penso em jogos contra Palmeiras, Internacional... Essa questão me preocupa.
Para pensar: Mancini foi demitido depois de uma vitória frente ao Jaciara, mas com futebol medíocre. Ontem Celso Roth PERDEU um jogo para um time com o mesmo status do Jaciara, o Atlético de Goiás e apresentando um futebol mais medíocre ainda. E agora?
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