ANO VI

ANO VI

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

O blefe gremista: Um problema que transcende o tempo

Infelizmente, o amadorismo é característica intrínseca de dirigentes gremistas. Está no DNA. O jejum de sucessos caminha de mãos dadas com o absurdo despreparo de diretores inaptos nos últimos anos. É um problema crônico, interminável, que lamentavelmente transcende o tempo.

Novamente, vemos nomes ventilados a esmo. O próprio Grêmio, entenda-se direção gremista, trata de divulgar nomes aos montes, iludida com a falsa possibilidade de sucesso em negócios incertos. Os casos recentes, do lateral da Ponte Preta Rodinei e do argentino Lucas Zelarayan, do inexpressivo Belgrano, ilustra o retrato do fracasso e dos "micos" gremistas nos últimos anos. O caso do zagueiro Henrique deve terminar do mesmo jeito.

O que não se sabe é se os pobres dirigentes azuis são também inocentes enganados, ou espertalhões vendedores de ilusão!

O histórico recente nos remete ao caso Ronaldinho, protagonizado pelo folclórico Paulo Odone. As caixas de som no estádio Olímpico são lembradas até hoje. O lendário Fábio Koff, com o contrato de Lugano e o cheque de 100 milhões, também teve seus dias de fanfarronice e utopia. Portanto, a síndrome do blefe não é um problema de hoje.

Entre a incompetência, a inocência e o mal caratismo, existem milhões de gremistas que também se submetem ao ridículo por conta de seus representantes clubísticos. A já frustrante ausência de títulos acaba realçada pelos fracassos e fiascos administrativos de nossa direção. Eu pergunto: até quando?

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Felicidade parcial

De volta às postagens, após longo tempo desmotivado e até certo ponto não querendo ser repetitivo, escolho um momento de frustração para desabafar.

Desabafar porque cheguei à conclusão que, para nós gremistas, a felicidade só se apresenta de maneira parcial. Desafortunadamente, essa é a verdade.

Caminhamos para mais uma Libertadores da América. Libertadores que mais uma vez, pelo que parece, atuaremos como nada mais que coadjuvantes. Observe: a felicidade inicial está acompanhada de uma preocupação com o futuro que se avizinha.

Vencemos o Inter por 5 a 0 no primeiro turno. Ontem, numa jornada de completa infelicidade e incompetência, perdemos por mísero um a zero. Mas um placar magro que pode dar um lucro gordo aos colorados: a classificação a copa continental para os vermelhos é uma realidade ameaçadora. Numa partida sem qualquer motivação, time apático e modorrento, o Grêmio se prestou a dar chance ao azar. O magro 1 a 0 ofuscou em parte o 5 a 0 de meses atrás. Repare que nossa felicidade completa ficou novamente pelo caminho.

Vice-campeonatos, semi-finais, quase campeão, quase deu, entre outras, são expressões corriqueiras no vocabulário gremista nos últimos anos; expressões que refletem nada mais que uma felicidade apenas parcial

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Grêmio de Roger é outro

Definitivamente, o Grêmio de Roger é outro. Venceu a melancolia, o atraso e o estilo modorrento do antecessor Felipão.
Embora careça de ajustes defensivos, o novo Grêmio, que ontem venceu o outrora badalado Corinthians, lembrou-me um antigo Grêmio comandado pelo derrotado de ontem: o Grêmio de Tite!
Desde aquele longínquo 2001 não observava no Grêmio um tão consciente toque de bola, uma movimentação tão fluente e uma leveza extremamente eficaz. Sem chutões, lançamentos ou bolas rifadas. Sem aquele jogo pesado e sem fluência proposto pelo antigo treinador.
O curioso é que os jogadores são os mesmos. Mas com outra atitude. O Luan de ontem foi um Luan nunca antes visto. Indícios de que o vestiário gremista não era ambiente muito amistoso...
Enfim, o Grêmio de Roger dá sinais que podemos ter um futuro. Talvez não um futuro de títulos este ano, mas uma perspectiva muito superior àquela que se projetava com o melancólico time de Felipão.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

O que fizeram do meu Grêmio?

De apenas um início preocupante, como a última postagem sugeriu, o Grêmio passou a possuir um diagnóstico assustador. Sem time decente, treinador focado e direção competente, o tricolor corre sérios riscos no iniciante ano de 2015. O processo de apequenamento do Grêmio ganhou força, e o que parecia ruim deve ficar ainda pior.

Time insuficiente
Os erros em relação ao plantel são visíveis e grosseiros. Dispensas descabidas (como a de Zé Roberto e Riveros) e contratações que beiram a provocação (Douglas, Galhardo e Marcelo Oliveira) merecem destaque pela falta de inteligência. As vendas de Barcos e Moreno só evidenciaram ainda mais a disfunção mental que acomete os gestores do clube.

Treinador perdido
Felipão parece perdido e desfocado. Quem escuta sua entrevista, testemunha a distribuição gratuita de mal humor, ironias baratas e respostas irrelevantes. No vestiário, o excesso de poder conferiu-lhe iniciativas que só trouxeram dano ao clube, deste a indicação de jogadores pífios, até a demissão do melhor preparador físico do Brasil e consequente contratação de seu sobrinho. A falta de preparo para administrar a situação atual culminou com o pitoresco acontecimento do último sábado, em que o lendário treinador abandonou o banco de reservas com a partida em andamento.

Direção incompetente
Sem dúvidas, a principal responsável pela situação é a direção. Uma administração que já foi conivente com Luxemburgo e sofreu as consequências, agora repete o erro com Felipão. Um presidente omisso que se mantém longe do vestiário; que prega redução de gastos mas sustenta um diretor remunerado chamado Rui Costa, que em mais de dois anos gastou o que podia e não podia com contratações, sem ganhar um estadual sequer! E o mais incrível é que se conserva empregado depois de flagrada sua incompetência. Outro exemplo de despreparo administrativo é a manutenção do indivíduo Murtosa no quadro funcional do clube. Alguém por favor responda: pra quê? Então o clube não tem recursos para a manutenção de pelo menos um de seus dois centroavantes; também não tem dinheiro para contratar; mas consegue dar continuidade nos salários de dois parasitas?
Outra coisa não explicada é para onde vão os valores arrecadados pelo clube. O montante é equivalente ao Internacional, tanto em arrecadação social, cota de televisão e patrocínios. Então o por que tamanha diferença?

E assim segue o Grêmio. Sem qualquer perspectiva positiva para o ano de 2015. O que estão fazendo com nosso clube é inaceitável e imperdoável. O Grêmio não merece isso!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Início preocupante

Depois de um final de ano melancólico, conquistando ridículo um ponto em doze disputados e jogando a vaga à Libertadores ralo adentro, o Grêmio de Felipão está conseguindo iniciar 2015 de maneira pior. É uma sequência absurda de precipitações e equívocos, tomadas por pura incompetência e até má fé, em alguns casos.
Gostaria que o gremista parasse e pensasse sobre alguns pontos... que refletisse sobre os últimos acontecimentos e tirasse uma conclusão diante dos fatos dos últimos meses.
Alisamos então alguns deles:
Perda da vaga à Libertadores: a Grêmio fez a inacreditável façanha de vencer 1 ponto nos últimos 12 que disputou, perdendo a vaga à copa continental. Qualquer treinador seria questionado; Felipão, não!
Dispensa de Zé Roberto: ato de uma falta de sensibilidade imensa. Jogador integrado, líder e identificado, eleito melhor lateral esquerdo do Campeonato Brasileiro. Já havia diminuído pela metade seu salário no ano anterior, o que invalida a desculpa do alívio da folha. Sem contar na dificuldade que é encontrar um lateral de qualidade no mercado.
Liberação de Riveros: melhor volante do time liberado a troco de bananas.
Contratações duvidosas: Cito duas que geram dúvidas quanto a integridade do negócio: Galhardo (O Bahia rebaixado sequer fez menção de renovar o empréstimo) e Marcelo Oliveira (dispensado do quase rebaixado Palmeiras). Além disso chegou Douglas, de qualidade um pouco superior, mas que já despertara a antipatia da torcida em sua primeira passagem.
Demissão de Fábio Massaredjian: Grêmio demite melhor preparador do Brasil para contratar sobrinho de Felipão com competência questionável. Atitude infeliz, pra não dizer outra coisa...
Inauguro os posts deste ano com esse desabafo, de um gremista triste e inseguro para o futuro. De um gremista também descrente com Felipão, outrora vencedor, mas que parece cada vez mais obsoleto. Tenho um sentimento parecido com o da era Vanderlei Luxemburgo, quando foi dado muito poder ao treinador para montagem da comissão e grupo de jogadores e mais tarde, quando era flagrante sua desqualificação, o clube apoderou-se de uma herança lastimável.
Que não seja o mesmo destino de Felipão!


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