ANO VI

ANO VI

quinta-feira, 25 de abril de 2013

O Vargas de Sampaoli

A partida do selecionado tupiniquim ocorrida ontem, contra a bem organizada seleção do Chile, demostrou que uma equipe bem montada e organizada pode sim derrotar e ser melhor que uma outra superior tecnicamente.

O Brasil de Felipão perdeu o meio campo e escapou-se de perder a partida. Um meio com o inato Ronaldinho dá o convite para que o adversário assuma o controle do setor. Felipão não observou isso em 90 minutos.

Mas esse não é o tema do post.

A questão que intrigou a mim e a outros gremistas foi a disposição do atacante Vargas em campo. O técnico argentino que comanda a equipe chilena, Jorge Sampaoli, que o conhece há anos, escala-o mais recuado que Luxemburgo, partido do meio e no sentido esquerda-direita. Quando domina a boa aberto pelo setor canhoto, Vargas tem todo o meio para conduzir a bola e tem bem mais possibilidades e executar o drible e o chute de média distância - situação que culminou no segundo gol chileno ontem.

Não só pela ocorrência do gol, mas várias boas jogadas aconteceram desta forma: Vargas recuado pela esquerda, partindo em diagonal para o meio.

Mas Luxa não vê assim. Abandona Vargas numa ponta, normalmente na direita, onde o avante poucas bolas recebe, tem minúsculas chances de drible e quase nunca consegue chutar a gol.

Enfim, a torcida quer ver o Vargas de Sampaoli, não o de Luxemburgo. E esse, assim como outros, é mais um ponto contra o treinador carioca.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Tudo virou culpa do Moreno!

Está ficando até chato voltar a escrever sobre tropeços do Grêmio. Nesta fase do ano, quando geralmente os posts são sobre vitórias acachapantes e goleadas virtuosas sobre os pobres times do interior gaúcho, desta vez a coisa está mais feia: nem no Gauchão estamos bem!

Num ano que prometera ser de sucessos e conquistas, com a montagem de um grande time, todo o sonho azul está indo ralo abaixo. Futebol fraquíssimo aliado, brigas internas e pouco pulso da direção são as tônicas nesse primeiro quadrimestre de 2013.

Contra o limitado Novo Hamburgo, no último domingo, tivemos um exemplo do potencial do Grêmio contemporâneo. Nulo. Só não perdeu porque o juiz amigo não marcou um pênalti duplo do nosso habilidoso zagueiro Cris.

Luxemburgo e Koff também surgem como decepções. O primeiro é uma completa frustração, não só pelo aspecto técnico, tático e anímico que não consegue aplicar à equipe, como também pela questão de administração do grupo, onde privilegia atleta semi-inúteis (para não dizer coisa pior) e contratados por ele próprio em detrimento à valores melhores. O segundo por concordar e consentir com isso tudo, pelos poderes que deu a Luxa e ainda pela falta de jogo de cintura na questão Arena.

E a preocupação ainda aumenta quando leio jornalistas e blogueiros que pouco destacam a fase ruim do Grêmio. Poucos tiram crédito de Luxemburgo. A maioria critica Marcelo Moreno. Parecem querer fazer entender que a culpa por essa situação no tricolor é do jogador boliviano. Por favor!

Kleber X Moreno

Kleber comprou uma briga que não era sua. Ao criticar o ex-companheiro Marcelo Moreno, esqueceu-se que contribuiu com quase nada ano passado e neste, onde passou grande parte de ambos machucado e sem produzir. Enquanto o jogador vulgo "gladiador" andava pelo estaleiro e usava chinelinho, Moreno fazia seus golzinhos pelo Brasileirão ajudando o Grêmio em sua meta de Libertadores.
Moreno pode ter pouco crédito, mas Kleber tem nenhum. Ele diz que a torcida esquece dos dizeres do pai de Moreno. Está errado, não esquece. Assim também como não esquece uma foto sua no twitter com camiseta do São Paulo e dizeres saudosistas.
Por isso, Kleber deveria falar menos e jogar mais, já que tem a sorte de estar no time dos "queridinhos" do chefe.

De repente, é tudo culpa do Moreno!

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Um amontoado chamado Grêmio

Pode soar radical, forte, talvez exagero: mas o Grêmio que vejo hoje é um amontoado de bons jogadores tentando, cada um à sua maneira, resolver o  jogo.

A prova disso é o retrospecto tricolor no ano. Derrotas e empates contra times de qualidade duvidosa e uma única partida de exceção contra o mesmo Flu que empatara na última quarta-feira.

Sinto-me extremamente à vontade para criticar o técnico Luxemburgo, tamanha a quantidade de vezes que o defendi e o elogiei. mas Luxa tem 90% de responsabilidade pela fase gremista. Escolhas descabidas, rusgas com jogadores, atitudes "disciplinadoras" sem explicação e inoperância tática são a tõnica deste 2013 bastante diferente do ano anterior. O Grêmio, que nada apresenta há jogos, faria o mesmo se treinado por qualquer um de nós leigos futebolísticos. Mas não: o time é comandado por um dos mais conceituados e bem pagos treinadores da América.

Outro que me causa estranheza é Fábio Koff, que se mostra alheio às coisas do futebol, gerenciadas também por Vanderlei Luxemburgo.

Enfim, por um motivo ou por outro, o Grêmio caminha perigosamente pela corda bamba na Libertadores. Como time imprevisível que é, torna-se arriscado qualquer prognóstico para a partida da próxima quarta-feira no Chile. Lá, infelizmente, tudo pode acontecer.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Roleta russa

Grêmio e Fluminense poderiam jogar tranquilos amanhã, em partida que os gaúchos recebem os cariocas na Arena pela Libertadores da América.

Mas tranquilidade é o que, pelo menos o Grêmio, não tem.

Por incompetência ou por simples azar, o fato é que o Grêmio encontra-se hoje em situação nada confortável no grupo 8 da competição.

O Flu decide na última rodada em casa, contra o instável Caracas, o que deixa sua vida mais fácil em relação ao time do sul, que tem NÃO PODE PERDER para a surpresa Huachipato, INDEPENDENTE DO RESULTADO que tiver contra o Fluminense.

Ou seja: vencendo ou empatando com os tricolores cariocas, o Grêmio não poderá sair derrotado do Chile.

Não pode-se garantir que o Grêmio não vá perder para o Huachipato, lembrando que o mesmo Grêmio perdeu para o Caracas, que foi goleado pelo time chileno.

Então, gremistas, o Grêmio encontra-se numa roleta-russa nesse final de primeira fase. Pode acontecer de tudo. E não surpreendam-se se o melhor plantel gremista em 10 anos sair desclassificado já na primeira fase da Libertadores!

terça-feira, 2 de abril de 2013

Luxemburgo: fim da era dourada

Vanderlei Luxemburgo, definitivamente, já viveu dias melhores no Grêmio.

O flerte com o título brasileiro no ano passado, somado à sua dedicação ao Grêmio, que ficou notória num período em que ficou mais de dois meses sem ver a família e também a tradicional eficiência em trazer atletas de alto nível para sua "barca", fizeram Luxa ter seu nome aclamado por quase 50 mil aficionados na partida contra o São Paulo, pelo Brasileirão do ano passado, no então moribundo estádio Olímpico.

Mas 2013 não começou bem.

Com o time ainda sem reforços, venceu a LDU somente nos pênaltis. Após, perdeu na estréia oficial na Arena para o inexpressivo Huachipato, onde o técnico teve a descabida ideia de sacar o volante Fernando da equipe titular.

Pressionado, ganhou fôlego com a convincente vitória sobre o Fluminense e o bom jogo contra o Caracas.

Mais tarde, foi criticado por escalar reservas no Grenal decisivo da Taça Piratini, onde novamente perdeu. A partir daí, o time acumulou tropeços, como a derrota para o mesmo Caracas e para Cruzeirinho (este em plena Arena!). No último domingo, empatou contra o Passo Fundo.

O Grêmio de Luxa tem hoje, talvez, o melhor plantel do país. Em contrapartida, não apresenta qualquer alternativa tática relevante. Pelo contrário: as convicções táticas do treinador se mostram pífias e sem coerência. O 4-3-3 não se mostrou eficaz e pior: foi prejudicial.

As picuinhas de vestiário do técnico também prejudicam a equipe. Depois de um ano em que teve como alvo o lateral Gabriel, hoje Luxemburgo mira Moreno. Sem qualquer explicação plausível, descarta o boliviano em preferência a Willian José e Welliton. O mesmo parece acontecer com Bertoglio.

Por outro lado, superestima jogadores de sua indicação e valoriza-os de maneira demasiada, como Cris (que invariavelmente falha) e Fábio Aurélio (jogou 20 minutos em quase um ano no clube).

Entende-se, portanto, porque a mídia do centro do país define-o como um treinador que faz o "jogo" do empresário.

A mídia gaúcha ainda faz vistas-grossas ao desempenho pouco promissor de Luxa. Pouco questiona-o, apesar dos resultados ruins no comando de um time milionário.

Espera-se que, no mínimo, Luxemburgo mantenha a máxima que o acompanhou (pelo menos acompanhava!) em grande parte de sua trajetória: com grandes elencos, conquistou títulos.

Sinceramente, está difícil!

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