ANO VI

ANO VI

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Crise de saudosismo...

Impressionante como as opiniões mudam. Só o tempo é capaz de nos mostrar o quanto estávamos certos ou errados sobre determinado assunto.
Só agora vejo o quanto aquele do Grêmio que disputou a Copa Libertadores de 2007 era um ótimo time. Não tecnicamente. Era uma equipe aplicada taticamente e com uma vontade enorme de vencer. Embora não trouxesse nenhum troféu significativo, aquele time foi vencedor porque superou suas limitações e devolveu ao torcedor o orgulho de ser gremista, o orgulho de ir ao Olímpico, o orgulho de fazer um buzinaço depois de cada vitória. Devolveu o orgulho de vestir o azul.
Nunca fora vista no Olímpico tamanha sintonia e cumplicidade entre time e torcida. Cumplicidade esta que levava milhares à Azenha mesmo com resultados desfavoráveis e tidos pela imprensa como irreversíveis.
O Grêmio, após anos, tinha um goleiro. A zaga contava com Teco em grande fase. Lúcio, que veio sob enorme desconfiança, inclusive minha, deslanchou. Como primeiro homem, Gavilán. Grande Gavilán. Jogou demais a Libertadores. Foi um dos poucos erros de avaliação de Mano Menezes. Foi até certo ponto injustiçado e, assim como Sandro Goiano, não saiu do clube como deveria. Lucas jogou o início e a final da Libertadores. Era talvez o melhor do time quando se lesionou.
Mais à frente Diego Souza, a melhor surpresa do ano. Muita força, vontade e técnica, com certeza um grande jogador. Junto com Diego, Tcheco. Tcheco dispensa comentários. Era o símbolo daquele Grêmio. Superava todas as limitações técnicas e físicas com extrema vontade e entrega. Foi decisivo na fase final da competição, marcando gols em três partidas seguidas no Olímpico. E tínhamos também o Carlos Eduardo, que foi a revelação do Grêmio no ano.
Hoje, apenas Teco continua no Grêmio, daqueles onze que entraram em campo contra o Boca Juniors para disputar a final da Copa Libertadores da América. Pouco mais de oito meses após essa final e só um atleta resta. Mesmo após uma ótima campanha, o Grêmio deixou seu plantel se desmanchar, apesar de contar com um grupo barato, com excessão de Lucas e Cadu.
Ocorreu um erro de avaliação terrível na qual se estão colhendo os frutos agora. O Grêmio achou que era hora de renovação, mas não deveria realizar uma "operação desmanche".
O que encontramos agora é um time desclassificado na Copa do Brasil e assistindo à finais do Gauchão. Além disso, um treinador muito questionável e um grupo de jogadores insuficiente.
Continuamos a mercê da sorte, torcendo que acontecimentos extremos ocorram e mudem esse parâmetro.
A torcida e o Grêmio mereciam mais respeito!

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu tenho muito orgulho da campanha da Libertadores de 2007. O Grêmio estava recém retornado para Série A, com dificuldades financeiras, com um time limitado tecnicamente, mas que mostrava força e união, e mais uma torcida espetacular que fez com que o time superasse todas as adversidades e fosse para final. Foi sensacional. Se observarmos num contexto mais racional, o Grêmio nem era para estar nessa final de Libertadores, e sim era para estar realizando campanhas mais modestas, assim como geralmente faz um time que se recupera financeiramente. Mesmo assim, o Grêmio, apesar de tudo, mostrou mais uma vez a sua força no futebol sul-americano. Eliminamos equipes com mais elenco e mais dinheiro, como São Paulo e Santos, através de garra e vontade. Paramos no Boca, pois o Boca, além de técnico (o que faltou no nosso time), também sabia jogar uma Libertadores, ao usar muito bem a parte física, assim como o Grêmio estava usando para obter sucesso na campanha rumo ao Tri. Mesmo assim, valeu a campanha, e pode apostar, que ela mostrou que o Tricampeonato da Libertadores não está longe.

Anônimo disse...

Sobre a manutenção do elenco, um time vencedor não surge da noite para o dia. Vamos começar pelo rival, Internacional, que após quase cair para a segunda em 2002, iniciou um trabalho de recuperação a partir de 2003 com Muricy Ramalho. Pegue os times de 2003 para 2004, 2004 para 2005, 2005 para 2006, e verá que não houve uma mudança radical, e no final de tudo, o Inter foi compensado pela Libertadores e Mundial. O São Paulo, campeão Mundial em 2005 e Bicampeão Brasileiro de 2006 e 2007, formou o elenco vencedor em 2004. Não ganhou nada neste ano, mas manteve a base e a reforçou para 2005, quando ganhou o Paulista, Libertadores e Mundial. De 2005 para 2006, as mudanças mais sentidas foram as saídas de Amoroso e Cicinho, mas a base continuou, e foi campeão brasileira de 2006, e o mesmo ciclo de MUDANÇAS GRADUAIS seguiu em 2007, quando o São Paulo ganhou mais um Brasileiro. O Grêmio finalista da Libertadores de 2007, tinha iniciado essa base em 2005. Então, é muito difícil haver uma mudança radical bem sucedida logo de cara. Por isso, é bom não esperar algo para este ano (ainda mais com Roth no comando). Se for para sonhar com títulos, vamos esperar em 2009, caso a base seja mantida. Isso é uma lição que a diretoria precisa aprender. Saudações!

Gremista Fanático disse...

E ai Thiago beleza valeu pela explicaçao do nome do blog. e quanto a seu post muito boa a analise eu tambem achava aquele time incrivelmente raçudo, so faltou o caneco da libertadores mas o boca alem de raça tambem tinha Riquelme. abraço.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...