ANO VI

ANO VI

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Só com sorte!

A marca do time do Grêmio, que parece ainda mais pronunciada em 2016 se comparada ao ano passado, é a instabilidade. Uma variação de comportamento que coloca uma pulga atrás da orelha da torcida e até da sabichona imprensa, que não identificam o porquê de contrastes como os das duas últimas partidas, contra São Paulo e América, respectivamente.

Depois do bom jogo contra o time paulista, o Grêmio só não foi derrotado, como acontecera contra o Sport, por pura falta de qualidade do lanterna América. Uma partida apática, modorrenta e triste. Um comportamento técnico, tático e anímico que beira o amadorismo numa partida que poderia dar ao Grêmio a liderança. Difícil entender.

Mas também é difícil entender como uma equipe que só venceu duas partidas fora da Arena (e uma só fora de Porto Alegre) ainda mantenha-se a dois pontos do líder. Um bom sinal. Um sinal de sorte!

Pois só com muita sorte o Grêmio terá, neste perde-e-ganha frustrante, chance de terminar o campeonato com resultado melhor do que nos medíocres anos anteriores...

segunda-feira, 27 de junho de 2016

O título que ficou para depois

Confesso que o sonho de ser campeão parecia utópico. Quase impossível. Mas que acabaria de forma tão rápida também me soou surpreendente!

O Grêmio de quinta feira, derrotado na Arena pelo virtual rebaixado Vitória, e o de domingo, açoitado pelo medíocre Atlético do Paraná, foi o retrato da instituição que há 15 anos ganha nada: o Grêmio do sonho frustrado.

Sonho frustrado pela perpétua incompetência que acompanha a gestão tricolor há mais de uma década e que, neste ano, marcou presença mais uma vez.

Incompetência administrativa que ficou marcada por contratações, manutenções e dispensas de avaliação equivocada; e incompetência na gestão de futebol que treina, escala e substitui com igual equívoco.

Mudam diretores, técnicos e jogadores. Não muda o comum despreparo destes, nem seu discurso conformista que infelizmente contagiou a torcida.

E assim se passará mais um ano. O ano que marcou o 15° ano sem título decente. Meu Grêmio se acostumou a ser coadjuvante e minha torcida a se conformar. Mais uma vez, o título ficou para depois.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

O verdadeiro Roger

O vexame de Rosário, que culminou com a eliminação antecipada da Libertadores de 2016, serviu apenas para confirmar alguns conceitos que já eram notórios desde o final do ano passado.

Dentre as tantas constatações, principalmente na qualidade duvidosa de alguns jogadores que fizeram um bom campeonato brasileiro ano passado, destaco outra: a queda do técnico Roger.

Tido como mais promissor dos novos treinadores, Roger surgiu de maneira meteórica; alavancando um Grêmio decadente com métodos promissores e trabalho arrojado. O discurso, tanto nas vitórias, como nas derrotas, era coerente e verídico.

Hoje, o método de Roger é insuficiente para vencer um time de série C no Gauchão. A falta de treino de bola aérea, defensiva e ofensiva, é evidente. As opções táticas são quase nulas e alguns jogadores, além de limitados, são sabotados pelas idéias do treinador. Suas entrevistas seguem clichês e frases feitas típicas de chefes ultrapassados. Roger também erra em suas convicções em relação ao grupo: participou da liberação de Erazo, fato aqui citado em fevereiro, em prol das suas indicações Kadu e Fred. O fato da braçadeira de capitão com o fantasma Maicon  e o não aproveitamento do zagueiro Werley, são outros indícios da "panela" formada pelo ex-lateral.

Aos erros técnicos do comandante, soma-se seu imenso dom de irritar o torcedor com seu comportamento sem sangue, insonso e modorrento. Adjetivos que são reproduzidos  nas atitudes do time.

Perdido o semestre, o ano pode ter o mesmo infeliz destino. Se mudanças profundas não ocorrerem, teremos um futuro que já qualifica nosso treinador: uma monotonia inconsequente!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Erazo e a birra gremista

Independente do futuro gremista nas competições em 2016, um erro já pode ser confirmado: a dispensa do zagueiro Erazo.

Movido pela emoção e pela velha birra que teima em acompanhar os cartolas amadores, o Grêmio dispensou o zagueiro por motivo fútil - seja pela entregada no Grenal, ou pela pedida salarial inicial (que terminou com o zagueiro se oferecendo pelos mesmos valores do ano anterior). 

A liberação do zagueiro, que fazia a segunda melhor dupla de zaga do país, culminou com a contratação de dois zagueiros de qualidade questionável. Qualidade que ficou ainda menos evidente depois dos jogos que ambos fizeram.

Erazo não era o melhor zagueiro do mundo. Longe disso. Mas com ele, Geromel teve um campeonato brilhante, a bola aérea era controlada e a saída da defesa melhor.

Hoje, o Grêmio já cogita trazer um outro zagueiro. A idéia de poupar dinheiro foi ralo abaixo, já que pode ser necessário contratar três jogadores para suprir a ausência de um!

Apesar das poucas mas interessantes contratações, o Grêmio pecou em não fazer o simples. Errou em não se preocupar com o único setor estável do time: a defesa. E agora corre o risco de demorar seis meses para os ajustes, além de gastar o dobro!

O problema é que as competições não esperam tais adaptações, e o Grêmio pode pagar caro pela birra e pela emoção incontida de seus sanguíneos dirigentes!

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