ANO VI

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terça-feira, 2 de abril de 2013

Luxemburgo: fim da era dourada

Vanderlei Luxemburgo, definitivamente, já viveu dias melhores no Grêmio.

O flerte com o título brasileiro no ano passado, somado à sua dedicação ao Grêmio, que ficou notória num período em que ficou mais de dois meses sem ver a família e também a tradicional eficiência em trazer atletas de alto nível para sua "barca", fizeram Luxa ter seu nome aclamado por quase 50 mil aficionados na partida contra o São Paulo, pelo Brasileirão do ano passado, no então moribundo estádio Olímpico.

Mas 2013 não começou bem.

Com o time ainda sem reforços, venceu a LDU somente nos pênaltis. Após, perdeu na estréia oficial na Arena para o inexpressivo Huachipato, onde o técnico teve a descabida ideia de sacar o volante Fernando da equipe titular.

Pressionado, ganhou fôlego com a convincente vitória sobre o Fluminense e o bom jogo contra o Caracas.

Mais tarde, foi criticado por escalar reservas no Grenal decisivo da Taça Piratini, onde novamente perdeu. A partir daí, o time acumulou tropeços, como a derrota para o mesmo Caracas e para Cruzeirinho (este em plena Arena!). No último domingo, empatou contra o Passo Fundo.

O Grêmio de Luxa tem hoje, talvez, o melhor plantel do país. Em contrapartida, não apresenta qualquer alternativa tática relevante. Pelo contrário: as convicções táticas do treinador se mostram pífias e sem coerência. O 4-3-3 não se mostrou eficaz e pior: foi prejudicial.

As picuinhas de vestiário do técnico também prejudicam a equipe. Depois de um ano em que teve como alvo o lateral Gabriel, hoje Luxemburgo mira Moreno. Sem qualquer explicação plausível, descarta o boliviano em preferência a Willian José e Welliton. O mesmo parece acontecer com Bertoglio.

Por outro lado, superestima jogadores de sua indicação e valoriza-os de maneira demasiada, como Cris (que invariavelmente falha) e Fábio Aurélio (jogou 20 minutos em quase um ano no clube).

Entende-se, portanto, porque a mídia do centro do país define-o como um treinador que faz o "jogo" do empresário.

A mídia gaúcha ainda faz vistas-grossas ao desempenho pouco promissor de Luxa. Pouco questiona-o, apesar dos resultados ruins no comando de um time milionário.

Espera-se que, no mínimo, Luxemburgo mantenha a máxima que o acompanhou (pelo menos acompanhava!) em grande parte de sua trajetória: com grandes elencos, conquistou títulos.

Sinceramente, está difícil!

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