A coisa mudou.
O ostracismo de títulos do Grêmio ultrapassou a barreira do jejum, da "apenas" ausência de taças ou da frustração de uma torcida que não comemora.
O marasmo gremista mudou o panorama seu e do próprio futebol brasileiro.
Nestes 12 anos sem campeonatos nacionais, e nos 18 sem algo de nível continental, a desgraçada torcida tricolor viu a arquirrival Inter, o indigesto Corinthians e agora até o inexpressivo Atlético Mineiro ganharem a América. Sem falar em outros clubes de fora, de expressão duvidosa, como o Once Caldas da vida.
Neste mesmo período, viu inúmeros clubes brasileiros vencendo o campeonato local, além de uma manobra da CBF que validou alguns campeonatos malucos a partir da década de 50. Com isso, o Grêmio, anteriormente líder do ranking proposto pela própria CBF, passou a ter status de segundo escalão dentro do futebol nacional.
Hoje o Grêmio não é nada além do mais do mesmo. Qualquer time mediano já tem uma conquista de Libertadores. Ademais, com o título mineiro, o tricolor é O TIME CONSIDERADO GRANDE HÁ MAIS TEMPO SEM TÍTULOS EXPRESSIVOS NO PAÍS. Não é pouca coisa, pra quem se acostumou a ganhar quase tudo.
Não bastasse o extremo período sem taças, a sofrida torcida azul tem que aturar inúmeros desafetos comemorando, como por exemplo o Inter e, mais recentemente, Ronaldinho. O dilema da torcida, na era contemporânea baseia-se, infelizmente, em secar.
Mas a torcida continuará no seu sonho quase utópico de vencer. Sonhando com o título que parece nunca vir.
Talvez aí, na esperança, no sonho e na tentativa do quase impossível, esteja a magia do futebol.
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