ANO VI

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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Crônica de uma tragédia anunciada

"O Grêmio teve sorte ao ser derrotado hoje
Hoje, ao sair do Pretinho, eu e o Potter arriscamos previsões sobre futuro da Dupla Gre-Nal: o Grêmio será campeão gaúcho, mas não passará do Universidad. O Inter passará pelo Peñarol, mas não seguirá em frente depois da próxima fase, detendo-se no LDU ou no Fluminense.
Agora, depois de ver a apresentação do Grêmio na derrota para o Universidad por 2 a 1, assistida por um Olímpico lotado e fremente, reformulei minha previsão: o Grêmio não tem time para bater o Inter.
O Grêmio não tem zagueiros nem atacantes. São funções decisivas num time de futebol. O zagueiro impede o gol e o atacante faz o gol. A direção do Grêmio ainda não descobriu um segredo do futebol, que é o seguinte, preste atenção: um time ganha o jogo quando faz mais gols do que leva.
Borges, já defini faz tempo, é um falso brilhante. Leandro tem 17 anos, talvez tenha um bom futuro, mas, já deu para ver, não é craque. Está a dois oceanos de um Neymar, com quem é comparado e de quem só tem parecido o corte de cabelo.
Rafael Marques é ótimo. Para marcar gol. Só que, para não deixar a bola entrar no próprio gol, Rafael Marques tem sido um fracasso. É uma pena que Rafael Marques seja zagueiro. Vai ver Renato devia escalá-lo como centroavante.
Outra: Gilson jogou na lateral-esquerda. Isso diz tudo.
O Grêmio até pode derrotar o Universidad no Chile e passar de fase, mas sua torcida não deveria esperar isso. Pelo bem do próprio time, porque, se conseguir a classificação, o Grêmio será amassado nos Gre-Nais. Seria um fiasco histórico.
De quem é a culpa da falência do Grêmio? Já disse e repito: da direção. Os jogadores que Renato tem para escalar são de segunda linha. Paulo Odone acredita que um time pode vencer só com garra. Garra não faltou ao Grêmio hoje. Não tem faltado. Faltou futebol. É o que tem faltado.
O Grêmio dispõe de alguns ótimos jogadores, como Gabriel, Rochemback, William Magrão e Douglas; de alguns bons jogadores, como Mario Fernandes, Neuton, Adilson e Vilson. E de nada mais. O resto, como diria o Verissimo pai, é o silêncio.
O silêncio dos cemitérios

Ao reproduzir o texto do excelente David Coimbra, postado em seu blog logo após a fatídica derrota de ontem, para o Universidad Católica, poupo-me de escrever sobre tamanha decepção. Só não concordo com o trecho final de seu pensamento. Magrão não é ótimo jogador, tampouco Adílson e Vilson são bons.
Mas, confesso que, apesar da decepção, encontro-me pouco surpreso. Não esperava muito do Grêmio de Gílson, Rafael Marques, Borges e cia. Triste é não ver o sonhado Grenal na Libertadores e tornar a missão do colorado ainda mais fácil.
Feliz agora, Paulo Odone?

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