ANO VI

ANO VI

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Aranha, religião e marketing

Nesta manhã, leio nos noticiários esportivos a intenção do Grêmio em realizar uma recepção especial ao goleiro Aranha, como uma espécie de pedido de desculpas pelos infelizes acontecimentos do mês passado, que culminaram com a exclusão do clube da Copa do Brasil e rotularam definitivamente a entidade e sua torcida como racistas.

Mas leio também que a ideia foi rechaçada pela dificuldade de relacionamento com o próprio goleiro ofendido. Parece que Aranha, que já negou encontro com a desastrada Patrícia, também quer distância do clube Grêmio e faz questão de deixar isso bem claro.

O goleiro santista, casado com uma bela loira, demonstra uma personalidade forte, um ego inflamado e uma falta de humildade determinante. Algo que não é nada coerente a doutrina cristã que alega ser seguidor. Pronuncia sua religiosidade aos quatro cantos, mas ignora o perdão da agressora. Parece que a fé desse pseudo-cristão nada mais é do que mais um detalhe do seu marketing pessoal, como é comum a tantos jogadores.

E, convenhamos, o marketing é o forte do Aranha. Com a publicidade que deu ao enfraquecido Santos, garantirá mais alguns anos de contrato.Ou alguém lembra de alguma grande jornada do arqueiro? Uma grande defesa? Uma sequencia de intervenções? Nada. Aranha, o goleiro mediano que se tornou notícia sem defender nada, foi o mais beneficiado de toda essa triste história.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

A irresponsabilidade que custa caro

O Grêmio se envolveu em mais uma polêmica na última semana. Não bastassem os problemas em campo (no qual decepciona há anos) e na política (em que a discórdia é marca registrada nos bastidores), nosso  tricolor agora é um clube racista. E esse é um péssimo rótulo para o já pouco amado Grêmio...

É lógico que as ofensas de cunho racial têm o único objetivo de vencer o jogo psicológico que se estabelece dentro de uma partida de futebol. Como o time do Santos vencia o jogo, nada mais natural num estádio de futebol do que oferecer ofensas pra todos os gostos. 

Por isso, duvido que as pessoas que foram flagradas exercendo tal ato sejam realmente racistas. Uma pessoa com preconceito racial nega qualquer relação com seres da raça ao qual apresenta rejeição, evitando manter, inclusive, laços de amizade. Novamente, duvido que seja o caso. 

O que não pode-se negar é a inocência, irresponsabilidade e infelicidade (pra não dizer coisa pior!) de realizar o ato, sabendo das consequencias que este tipo de discriminação estabelece junto à opinião pública.. Na partida seguinte, repetir o conhecido cântico contra o arquirrival, fato trivial em todas as partidas que o Grêmio está vencendo, foi de uma infantilidade tremenda diante da situação ao qual o clube se encontra.

Graças a essa combinação de situações desastradas, o clube deverá ser excluído da Copa do Brasil (onde tinha chances nulas na partida de volta), perder mando de campo e pagar multa pesada. Algo trágico num ano que já se encaminha mal.

Com certeza, o racismo não é uma marca do clube. Heróis negros estão imortalizados na lembrança da entidade e torcida. Mas infelizmente a atitude de alguns mancha a história do clube e de seus aficionados.


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