ANO VI

ANO VI

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Grêmio: ostracismo e seus efeitos colaterais

A coisa mudou.

O ostracismo de títulos do Grêmio ultrapassou a barreira do jejum, da "apenas" ausência de taças ou da frustração de uma torcida que não comemora.

O marasmo gremista mudou o panorama seu e do próprio futebol brasileiro.

Nestes 12 anos sem campeonatos nacionais, e nos 18 sem algo de nível continental, a desgraçada torcida tricolor viu a arquirrival Inter, o indigesto Corinthians e agora até o inexpressivo Atlético Mineiro ganharem a América. Sem falar em outros clubes de fora, de expressão duvidosa, como o Once Caldas da vida.

Neste mesmo período, viu inúmeros clubes brasileiros vencendo o campeonato local, além de uma manobra da CBF que validou alguns campeonatos malucos a partir da década de 50. Com isso, o Grêmio, anteriormente líder do ranking proposto pela própria CBF, passou a ter status de segundo escalão dentro do futebol nacional.

Hoje o Grêmio não é nada além do mais do mesmo. Qualquer time mediano já tem uma conquista de Libertadores. Ademais, com o título mineiro, o tricolor é O TIME CONSIDERADO GRANDE HÁ MAIS TEMPO SEM TÍTULOS EXPRESSIVOS NO PAÍS. Não é pouca coisa, pra quem se acostumou a ganhar quase tudo.

Não bastasse o extremo período sem taças, a sofrida torcida azul tem que aturar inúmeros desafetos comemorando, como por exemplo o Inter e, mais recentemente, Ronaldinho. O dilema da torcida, na era contemporânea baseia-se, infelizmente, em secar.

Mas a torcida continuará no seu sonho quase utópico de vencer. Sonhando com o título que parece nunca vir. 

Talvez aí, na esperança, no sonho e na tentativa do quase impossível, esteja a magia do futebol.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Renato: torcida aumenta mas incógnita permanece

Li na coluna invariavelmente insensata do Wianey Carlet, que o Grêmio se agarra a pensamento mágico quando contrata Renato Portaluppi para terminar seu pouco promissor ano de 2013. Infelizmente concordo com meu desafeto.

Com Renato, o tricolor se apega muito mais à emoção do que à razão, desprezando alguns conceitos quase sempre certeiros no futebol para satisfazer o sentimento, o amor e o orgulho que vestem azul, preto e branco.


Renato nunca preencheu o perfil dos treinadores que o Grêmio se acostumou a prestigiar: fanfarrão, pouco trabalhador e às vezes irresponsável. Mas, não por acaso, sua imagem de treinador ainda se funde com a do rápido e forte camisa 7 que deu os maiores títulos da história tricolor.

Mesmo assim, dá mais gosto de torcer com Renato na casamata. Um gremista que já deu muito ao Grêmio. Se dará mais, o que parece improvável, só o futuro dirá.
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