O ataque funcionou. O meio campo, entre trancos e barrancos, e ainda capenga de Lúcio, até criou alguma coisa. A defesa, bom, a defesa... A defesa consegue preocupar mais do que a dupla de ataque Borges/ André Lima. Pelo menos os avantes funcionam em casa. Os defensores não se acertam nem perto da torcida.
A vitória apertada, com um pênalti que eu não marcaria, é mais lembrada pelas falhas defensivas do que pelos três gols de Borges.
Por quê?
Porque o Grêmio tem duas figuras comprometedoras em sua primeira linha. Paulão é limitadíssimo para um titular e Gilson é insistência burra de Renato.
Pergunta: Você imagina o pôster do Grêmio Campeão da América 2001 com Gilson e Paulão nele?
Foi jogando um futebol inconstante e limitado que o Grêmio conheceu a primeira derrota na L.A. 2011, em Barranquilla, diante do Júnior. Apesar do início promissor, com Borges marcando logo no início de jogo, o tricolor não suportou a pressão colombiana e acabou sofrendo a virada na terra de Shakira.
Azar à parte, tanto na jogadaça de Rodolfo quanto no pênalti não marcado, o Grêmio apresentou defeitos sérios, que tendem a comprometer o futuro gremista na competição, se não forem corrigidos.
Caos na esquerda
Observado por comentaristas burros, narradores cegos e até pelos torcedores mais toscos, o problema na lateral esquerda é um escândalo. Ataques sucessivos por aquele setor demonstravam que o time colombiano sabia das deficiências de Gilson, que não pode ser titular jamais.
Sem Lúcio, sem saída...
Lúcio jamais voltará à lateral esquerda. Sabe por quê? Porque sem ele o meio campo gremista desanda. Ainda mais porque o Grêmio só joga no "losango". Sem alternativa tática pela saída de Lúcio, Renato tentou, sem sucesso, manter o padrão com Adilson na esquerda e C. Alberto na direita.
Ataque lento
Borges e André Lima até funcionam juntos. Mas quando o Grêmio joga em casa ou em qualquer situação que mantenha posse de bola e pressione o adversário.
Jogando no contra-ataque a dupla sucumbe. Com muito pouco mobilidade, velocidade e senso de espaço, dão poucas opções nas jogadas mais rápidas. Sem um atacante de velocidade, o Grêmio não tem um desafogo quando é pressionado e facilmente perde a bola.
Confirmando as expectativas, o Grêmio classificou-se de maneira tranquila à semi-final do Campeonato Gaúcho de 2011.
Numa partida no qual teve absoluto controle, o Grêmio marcou logo no início com André Lima. O mesmo André Lima marcou o segundo, seguido por Douglas, Borges e Leandro, que encerraram o placar. 5 a 0 sobrando em campo, com destaques para a evolução de André Lima fora da função habitual - condição citada no post anterior - e outra grande atuação de Fábio Rochemback, ícone desta nova era tricolor.
Agora. o Grêmio deve preparar-se para enfrentar o forte Cruzeirinho, que eliminou nada mais nada menos que o terceiro melhor time do mundo. Abre o olho Renato!
Aconteceu de novo...
Triste fim de semana para os colorados. Solidários com a melancólica situação, nós gremistas deixamos postado um pequeno "joguinho", que serve de passatempo para a turma vermelha refrescar a cabeça até o jogo de quarta. Saudações tricolores.
Toda conquista é feita de sacrifícios. Sacrifícios que nem sempre trazem alguma recompensa individual.
Na partida de ontem, no qual debutou na Libertadores da América 2011, o Grêmio contou com dois sacrifícios para derrotar por 3 a 0 o Oriente Petrolero.
Carlos Alberto desdobrou-se para dar liberdade a Douglas. Cumpriu função defensiva na medida do possível e das limitações que possui. Além da entrega na marcação, criou boas jogadas e driblou, inclusive, com o famoso "elástico". Algo que não se via no Olímpico desde os tempos do infeliz Ronaldinho.
Com este "sacrifício", Carlos Alberto cresceu no conceito da torcida, da imprensa, da direção e do treinador.
Na contramão está André Lima. Prejudicado pela entrada de Borges como centroavante centralizado, tem tido atuações quase nulas. Torcida e imprensa têm criticado suas atuações, esquecendo sua performance quando atuava ao lado de Jonas.
Confesso que prefiro André a Borges. O camisa 9 tem o giro rápido e a finalização melhor. André tem o cabeceio, a força física, a solidariedade com os companheiros e a entrega como virtudes, sendo, no meu ponto de vista, mais útil à equipe.
Entretanto, André Lima provavelmente será o próximo a deixar o time titular. Sacrificado pelo esquema, dificilmente responderá positivamente fora de sua posição de origem. Tem feito um sacrifício que, individualmente, lhe tem prejudicado.
Que jornada terrível do Grêmio no domingo! Com desastrosas atuações de Paulão, Gilson e Lúcio! E o resto não ficou longe, com ligeira exceção a Carlos Alberto, que foi, ao menos, esforçado.
Outro fato preocupante é a escalação de André Lima com Borges no ataque. Os dois anularam-se. Muito ruim.
A torcida gremista, tensa, espera melhoras para quinta-feira.
Não gostei!
Mais um ano começa e novamente não gostei da coleção gremista para a temporada. A tricolor, apesar de algumas incoveniências, se salva. A azul não me agradou muito. Já a branca é simplesmente medonha.
Pior que o desenho, que agradou à maioria, é o corte da camiseta, notadamente larga e com mangas muito grandes.
Mesmo trocando o uniforme por uma marca de reputação inferior à antiga e entender que poderia influenciar mais na confecção dos uniformes, o Grêmio não evoluiu de maneira significativa.
No amistoso de ontem da Seleção Brasileira contra a França, velhas convicções vieram à tona. A principal delas, que a imprensa corporativista esconde ou tenta encobrir sabe-se lá porquê, é a presença constante de Robinho como titular, de maneira quase indiscutível e ainda por cima representando o selecionado canarinho como capitão.
Na minha opinião, Robinho é um exemplo de inutilidade em termos de seleção. Sustenta-se como selecionável devido à uma boa Copa América e uma interessante exibição em amistoso contra a Itália, ambas nos tempos de Dunga.
Sem transmitir qualquer tipo de temor no adversário, praticamente nunca desequilibrar uma partida em favor do Brasil, tampouco exercer qualquer tipo de liderança significativa, o jogador não justifica sua titularidade, muito menos como capitão.
Outras convicções de Mano Menezes, como Elias, André Santos e outros resevas menos expressivos, parecem mais comprometer o início do trabalho do gaúcho do que auxiliá-lo no processo de renovação da seleção. Perdem a chance de tornar-se expoentes dessa geração e colocam em xeque as idéias de seu líder.
Vencendo o Caxias, no último sábado, por 2 a 1, o Grêmio cumpriu com sua obrigação, já que atuava com o time principal. Preocupações com o Gauchão à parte, o que mais traz dor de cabeça à nação azul são as contratações.
Lógico que as aquisições do malandro Carlos Alberto e do argentino "ex-grande-jogador" Escudero trazem certa esperança. Mas eles terão que ir muito além de suas últimas aparições: apesar de ícone no fraquíssimo Vasco, C.A. há anos não é mais aquele. Além disso, suas peripécias extra-campo tem ganho mais destaque do que suas conquistas com a redondinha. Já Escudero, de grandioso debu no Vélez e milionária venda ao futebol espanhol, passou a reserva sem prestigio de um obsoleto Boca Juniors. Mas o Grêmio é campeão universal de resgate de jogadores aparentemente decadentes. Tomara que C.A. e Escudero não fujam à regra.
Enquanto isso, a dureção dá por encerrado o ciclo de contratações para a Libertadores. Tremendo erro. Parece que esquecer da promessa do "grande atacante". Sem um segundo atacante, que jogue ao menos 50% de Jonas, vai ficar muito difícil chegar a algum lugar.
Como o velho ditado dentro do mundo do treinamento físico, sem dor, sem ganho; no Grêmio o provérbio é semelhante: sem atacante, sem título.
Renato não esteve em campo ontem. Mas praticamente marcou dois gols. Prejudicado pela ineficácia na saída de bola, sacou o limitado Adílson quando o Grêmio já perdia o jogo, para colocar a incógnita chamada Vinícius Pacheco. O renegado flamenguista não foi brilhante. Mas foi iluminado, marcando dois gols que selaram a vitória tricolor, colocando-o da fase de grupos da L.A.. Além dos méritos de Pacheco, o crédito também vai para Renato, que teve coragem para mexer no time ainda no primeiro tempo, torná-lo mais ofensivo e buscar a vitória com agressividade.
Não chore, Corinthians!
A piada do início de ano é paulista. Imitando seu parente Internacional, que perdera para o glorioso Mazembe no fim do ano passado no mundial de clubes, o timão (timão?) perdeu para o Tolima e se tornou o primeiro clube brasileiro a ser eliminado na pré-Libertadores. Zebra? Fiasco? Mico? Nada disso. É só o Corinthians de sempre na Libertadores...