ANO VI

ANO VI

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O fim do sonho

Vitória X Grêmio

Desde a Batalha dos Aflitos não via um jogo profissional com tanta cara de “pelada” como ontem. O Grêmio perdeu um caminhão de gols. O Vitória também teve duas chances incríveis, em jogadas que se destacaram mais pela deficiência das defesas do que competência dos ataques. Diante da inoperância dos atacantes, o gol gremista não poderia sair de outra forma: contra.

Mas o segundo tempo guardava um destino triste à Roth e seus comandados. Os 30 minutos de liderança no campeonato deram uma doce ilusão à torcida tricolor. Doce que foi mudando de sabor logo no início da segunda etapa, amargou com a expulsão de Amaral e azedou de vez com os três gols que vieram na seqüência. Um deles, de bicicleta dentro da pequena área e sem marcação, só antes visto em campeonatos de várzea.

O que se viu em seguida foi um Grêmio perdido e sem reação, se afundando abraçado a jogadores como Marcel, André Luís e Paulo Sérgio. Muito pouco para quem queria o título...

Analisando com a emoção

O Grêmio foi o primeiro time da era dos pontos corridos a vencer o primeiro turno e perder o campeonato. Teve “só” 11 pontos de vantagem sobre o São Paulo e hoje está 5 atrás. Era o campeonato mais certo da história. Mas o que o Grêmio conseguiu fazer foi entregá-lo de mão beijada ao time do Morumbi. O que há um mês foi postado neste blog se confirmou, o histórico pífio de Celso Roth em momentos decisivos foi superior à história gremistas e, desta vez, o Grêmio sucumbiu no final.

No caso específico de ontem, um jogador foi decisivo no resultado, além do inconseqüente Amaral: Rafael Carioca. Ele participou diretamente do resultado ao não marcar um gol sem goleiro no primeiro tempo e depois deu um gol ao time baiano, em outra jogada varzeana.

Enfim, jogadores como Marcel, André Luís, Amaral, Paulo Sérgio e Helder, só para citar os que estavam em campo ontem, não devem continuar no Grêmio em hipótese alguma.

Analisando com a razão

Para os que, assim como esse blogueiro, pouco acreditavam no Grêmio no início do campeonato, uma vaga à Libertadores fica de bom tamanho. Acreditar em título num time com Marcel, André Luís, Amaral, Paulo Sérgio, Anderson Pico, Helder, entre outros, é muita pretensão. Ainda mais sob o comando de Celso Roth.

O título do São Paulo será mais do que merecido. O time paulista foi o mais regular e organizado, além de possuir o melhor treinador do país para campeonatos de pontos corridos. Infelizmente, para nós gremistas, a sorte tem premiado somente os competentes.

Assim como em 2007, neste ano a imortalidade tricolor conduziu-o novamente ao seu limite. Infelizmente, o vice-campeonato é o máximo que o time do Grêmio atingirá este ano, porque nem sempre raça e vontade são suficientes para superar adversários melhor qualificados e estruturados.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A caçada continua



Mais três pontos importantes foram garantidos no último domingo contra o Coritiba. A caminhada em busca do tri continua e a esperança gremista diante de um tropeço do São Paulo parece interminável.
O jogo em si, mais uma vez, não foi lá essas coisa. Muito longe das melhores atuações tricolores na temporada. Mas a fragilidade e a desmotivação paranaense foram decisivos. Apesar da pouca inspiração do Grêmio, o Coxa muito pouco ameaçou.

Fator Tcheco
Ao lado de Borges, do São Paulo, Tcheco é, talvez, o jogador mais importante desta reta final do Brasileiro. Tcheco transpira Grêmio. Compensa todas suas limitações com extrema vontade e aplicação. Assim é e sempre foi o Grêmio. Os mais radicais e colorados dirão que Tcheco teve apenas sorte nos últimos jogos... Na realidade a sorte, como sabemos, premia na maioria das vezes os competentes e merecedores de sua graça. Neste caso, a sorte foi muito justa!

Vasco da Gama X São Paulo
Possivelmente a partida mais difícil dos paulistas até o final do campeonato. Será uma guerra em São Januário, pela iminência de queda dos cariocas. Um empate está de bom tamanho.

Partida a partida como Grêmio se mantém na cola do São Paulo. Firme em busca do título, é bom lembrar de um conhecido ditado gaudério: Não tá morto quem peleia tchê!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Imortal - O retorno


Como a palavra "chororô" anda em moda, o "chororô" da torcida gremista adiantou muito e o Grêmio fez a partida "épica" sonhada por Roth.
A semana tensa fez bem ao Grêmio, que teve uma atuação brilhante, mesmo desfalcado de vários jogadores e sem muitas opções no banco. Jean fez uma partida que lembrou os melhores tempos de São Paulo e considero uma boa opção para o lugar do irregular Léo. Heverton foi outro que se destacou, pela segurança e tranquilidade no primeiro jogo como profissional.
Souza fez sua melhor partida pelo Grêmio. Também acho que pode continuar no time titular naquela posição.
Agora é a vez de falar de Tcheco. Li e ouvi, aqui e ali, de varios gremistas, que Tcheco era um jogador "pipoqueiro". Ora, um jogador que no ano passado, com exceção ao Boca Juniors, marcou gols contra todos os adversários nas fases de mata-mata, pode ser considerado "pipoqueiro"? Pois bem. Ontem foi a resposta de Tcheco a todos que o criticam e que querem vê-lo longe do Olímpico.
Marcou, organizou, lançou e até deu carrinho. Pra completar fez o gol. O gol mais importante para o Grêmio no campeonato até agora.
Foi legal ver a recuperação (temporária?) de Celso Roth. Foi bonito ver o Palmeiras envolvido durante os noventa minutos, sem qualquer alternativa ofensiva e sofrendo com os contra-ataques tricolores. Foi muito bom ver Luxemburgo sem saber o que fazer e se enrolando com substituições absolutamente desesperadas e inconsequentes. E foi excelente ver o Grêmio motivado como a muito não se via. 
Enfim, foi magnífico ver o Grêmio de volta aos trilhos!

Portuguesa 2 X 3 São Paulo

Foi um pecado o que aconteceu no Canindé com o Grêmio B, ops, Portuguesa. Teve mais chances de gol, poderia ter vencido o jogo e teve uma atuação de gala do gremista Jonas. No fim, sofreu um gol que não merecia e que manteve o São Paulo na liderança e com boas perspectivas de título.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Se a gangorra não virar...

Há três semanas atrás...
... o Grêmio se mantinha como o principal favorito ao título brasileiro. Tinha a vaga à Taça Libertadores garantida.
O time estava consolidado no 3-5-2. O ataque era um dos melhores do brasileiro e, até com Marcel, rendia bem. A zaga não era intransponível como a do primeiro turno, mas ainda gerava confiança.
Resumindo: o Grêmio seguia firme na luta pelo título com status de favorito. Todos os jogadores tinham créditos com torcida e até Roth já começava a cair nas graças dos gremistas.
Já o co-irmão vermelho vinha se afundando cada vez mais no brasileiro. Dava como encerrada suas ambições de chegar ao G-4. Tite era muito criticado por toda torcida e por parte da cúpula colorada. As atenções já se voltavam para as remotas chances de conquistar o último título possível na temporada: a Copa Sul Americana.


... e hoje
... às vésperas do jogo contra o Palmeiras, o Grêmio já é terceiro no Brasileiro e tem até a vaga à Libertadores ameçada. Roth é o vilão da vez e os jogadores já ouvem vaias no Olímpico.
Perdeu a liderança para o São Paulo, que já esteve 11 pontos atrás do tricolor.
Já não se sabe mais quem são os titulares, nem ao certo o esquema tático.
Joga sob pressão da torcida e acuado pela mídia. Claramente, apresenta declínio técnico, físico e psicológico.
Em contrapartida o Internacional vem de uma vitória sobre o Boca Juniors que os próprios dirigentes colorados classificaram como "épica". Exagero ou não, o fato é que o Inter está nas semifinais da Sul Americana e na eminência da conquista de mais um título internacional.
O colorado, antes crucificado, agora é o "queridinho" da imprensa.

Raciocínios como este demonstram o dinamismo no qual o futebol se desenrola. Duas ou três semanas foram suficientes para a gangorra virar e o torcedor, muitas vezes manipulado pela mídia, modificar um sentimento de alegria e euforia por uma sensação de ira e indignação.
Hoje é dia 7 de novembro. Talvez daqui a exatamente um mês tudo esteja diferente. Talvez o sentimento de frustração que domina neste momento os corações tricolores seja substituído por uma euforia sem tamanho, uma felicidade de campeão, a alegria do título. Talvez...

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Roth: A história se confirma

É triste o momento que vive o Grêmio no campeonato. Não pela situação na tabela, até porque no início do campeonato poucos imaginavam que o Grêmio pudesse chegar à Libertadores. Mas triste pela eminência e possibilidade enorme de conquistar o título após longo jejum.
Ao contrário de sua história, desta vez o Grêmio está sucumbindo na reta final da competição. O histórico pífio de Celso Roth em momentos decisivos está sendo mais forte do que a tradição do tricolor, um time historicamente "de chegada".

Cruzeiro X Grêmio
Celso Roth pensou o jogo de forma correta. Escalou o que tinha que escalar. O gol relâmpago destruiu a estratégia tricolor e foi decisivo para a elástica vitória mineira. Derrota até certo ponto esperada, não fosse pela incapacidade de recuperação dentro da partida e pela atuação da sonolenta zaga gremista.


Grêmio X Figueirense
Empate inadmissível, inaceitável e sem qualquer explicação. Mais um gol rápido, mais uma falha de posicionamento da defesa gaúcha. Conseguiu achar um gol ainda no primeiro tempo, o que deu boas perspectivas à angustiada torcida. Mera ilusão. O segundo tempo guardava uma apresentação nervosa, pobre e insegura do Grêmio em seu próprio estádio. Erros de passes, nenhuma criatividade e, pior que isso, pouca vontade de vencer. Foi isso que o time transpareceu.
Pois nessa reta final de brasileiro o Grêmio parece ter definitivamente esquecido o futebol do primeiro turno. Jogadores consolidados no time estão sendo questionados e da equipe considerada titular, apenas Rever e Victor podem ser poupados de críticas.
Mais estranho que isso é observar que a cada final de partida Roth diz que as jogadas do Grêmio estão "manjadas" pelos adversários. Uma semana de treinamento se passa e... nada! O time parece que não treina, não tem jogadas, não evolui!

O Grêmio parece disposto a entregar o título. O título mais certo de sua história.
No confronto História do Grêmio versus História de Roth, a trágica trajetória do segundo parece falar mais alto.
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